terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Porto recebeu Campeonato Nacional de Boccia - zona norte - de Pares e Equipas

O Pavilhão Rosa Mota, na cidade do Porto, acolheu no passado sábado, 8 de Dezembro, o Campeonato Nacional de Boccia, Pares e Equipas, da zona norte. Em Pares BC3, o vencedor foi o SC Braga, na variante Pares BC4, a equipa ARDA, enquanto em Equipas BC1-BC2, a formação da V.U. Valbom. 

Confere os resultados e espreita as fotos do evento:

Pares BC3 

Fase de Pools

Pool A
SC Braga 6 MAPADI 0
SC Braga 11 VU Valbom 0
MAPADI 7 VU Valbom 3

Pool B
ARDA 4 AFDA 2
ARDA 18 APortoPC 0
ARDA 4 CERCIAZ 2
AFDA 8 APortoPC 0
AFDA 0 CERCIAZ 7
APortoPC 1 CERCIAZ 7

1/2 Finais
SC Braga 3 CERCIAZ 2
ARDA 8 MAPADI 1

3º/4º
CERCIAZ 5 MAPADI 3

Final
SC Braga 8 ARDA 0


Pares BC4

Fase de Pools (única)
FC Porto 2 ARDA 3
FC Porto 8 SC Braga 0
FC Porto 8 AFDA/MAPADI 0
ARDA 6 SC Braga 1
ARDA 13 AFDA/MAPADI 0
SC Braga 7 AFDA/MAPADI 3

Vencedor: ARDA

Equipas BC1/BC2

Pool A
ARDA 12 APC Guimarães 0
ARDA 5 SC Braga 9
APC Guimarães 5 SC Braga 7

Pool B
EVigorosaS 4 SC Espinho 8
EVigorosaS 16 CERCILAMAS 1
SC Espinho 12 CERCILAMAS 1

Pool C
VU Valbom 14 APortoPC 2
VU Valbom 12 CERCIAZ 0
APortoPC 3 CERCIAZ 5

1/2 Finais
SC Braga 2 EVigorosaS 10
SC Espinho 1 VU Valbom 11

3º/4º
SC Braga 4 SC Espinho 7

Final
EVigorosaS 4 VU Valbom 8

Mais Fotos:



sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Anddemot organiza formação de classificadores de basquetebol em cadeira de rodas


No dia 15 de Dezembro, sábado, a Anddemot dinamiza um curso de classificação de basquetebol em cadeira de rodas que irá decorrer no pavilhão do Casal Vistoso, em Lisboa. 

Todos os interessados têm a oportunidade de se inscrever até ao final do dia de hoje. A formação será orientada por Regina Costa, classificadora da IWBF.




quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

A arte por um canudo, literalmente

Basquetebol em cadeira de rodas
Não há limites para a criatividade. É impossível esquivarmo-nos ao chavão diante o trabalho da artista plástica francesa Anastassia Elias. Entre o vasto portefólio, salta à vista a série de obras concebidas em, imagine-se, rolos de papel higiénico, dentro dos quais, compostas de arte e perícia, emergem cenas icónicas de um contexto cultural, desportivo ou social. 

A minúcia e a intensidade inerentes a cada um dos fragmentos da vida quotidiana ali espelhadas revelam o olhar analítico e transcendente da artista, que capta a sua essência. 

No capítulo desportivo, depois de ter "dedicado rolos ao futebol, hóquei no gelo, boxe", entre outros, Anastassia Elias, na procura de outras modalidades passíveis de serem representadas, elegeu o basquetebol em cadeira de rodas como a próxima temática, "porque (como o desporto adaptado em geral) parecia subestimada e original". 

Com o Natal à porta...

Quem não se contentar com a contemplação, pode adquirir vários produtos que incorporam a criação desejada. Desde t-shirts, hoodies, molduras, até sacos de tiracolo e autocolantes para Ipad e portáteis, a compra fica à distância de um clique.

Futebol








Ginástica














Boxe



















segunda-feira, 26 de novembro de 2012

2 medalhas, 20 recordes nacionais e 23 finais é o saldo português no Campeonato do Mundo de Natação DSISO

A viagem da comitiva portuguesa a Loano, Itália, onde se realizou o 6º Campeonato do Mundo para atletas com Síndrome de Down, valeu a pena. 

Logo no primeiro dia, 17 de Novembro, a nadadora Mannie Ng, da Gesloures, conquistou a medalha de bronze nos 100 metros costas e foram batidos 5 recordes nacionais, pressagiando a boa prestação lusa ao longo do evento. 

À estreia positiva sucedeu-se, no 2º dia de competição, o alcance de mais uma medalha, desta feita de prata, por Ricardo Pires, do MAPADI da Póvoa de Varzim, nos 200m Bruços. 

Até ao final do campeonato, Portugal não logrou mais nenhum pódio, no entanto, os resultados deixam satisfeitos todos os envolvidos, já que a somar aos êxitos de Ricardo Pires e Mannie Ng, foram batidos 20 recordes nacionais e atingidas 23 finais. 


Fonte: ANDDI

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Portugal em acção no 6º Campeonato do Mundo de Natação para atletas com Síndrome de Down



A Seleção Nacional de Natação para atletas com Síndrome de Down rumou ontem a Loano, noroeste de Itália, onde vai disputar a partir de amanhã, 17, o 6º Campeonato do Mundo, nesta área da deficiência. Há 2 anos, em Taiwan, Portugal arrecadou 4 medalhas, registo que a comitiva tem a expectativa de agora superar. 

Os atletas lusos eleitos para representar Portugal são os seguintes: Adriana Reis (FeiraViva), Ana Castro e Carina Moreira (C.N. Maia), Mannie Ng (Gesloures), Filipe Santos (O2 - Portimão), João Gonçalves e João Vaz (Sporting C.P.), José Vieira (Louletano D.C.), Ricardo Pires (MAPADI - Póvoa Varzim) e Telmo Dias (Leixões S.C.)

No primeiro dia de competição, entram em cena todos os atletas portugueses. O evento decorre até 23 de Novembro e pode ser acompanhado ao pormenor, no site oficial


terça-feira, 13 de novembro de 2012

Hugo Maia: entre o basket e as ondas


Nome: Hugo Maia
Idade: 34
Clubes que representou: APD-Sintra (1997-2010); GDD Alcoitão (2010 até ao ano presente)
Ano de iniciação no desporto: 1997
Patologia: Bi-amputação dos membros inferiores acima do joelho
Ídolos: Magic Jonhson, Tristan Knowles, Kelly Slater, Garret MacNamara e Jon Pollock 

Reconhecido por companheiros e adversários como um guerreiro dentro de campo, alguém que não dá um lance por perdido e se arrisca, além do aconselhável, para vencer. Falamos de Hugo Maia.

Competidor-nato, no basquetebol em cadeira de rodas, Hugo acumula vários títulos de campeão nacional pela APD Sintra e participações em Campeonatos da Europa, ao serviço da selecção portuguesa. Em 2011, o base-extremo do GDD Alcoitão não resistiu à possibilidade de experimentar uma nova modalidade, bem à medida da sua sede competitiva, o surf adaptado. “Quando fui ao evento Surf for All, surgiu o interesse da minha parte em explorar um pouco mais a modalidade já que adorei a experiência”, conta.

Daí a tornar-se surfista fiel foi um ápice. E se palavras fossem precisas... “Em cada momento que estou a dropar uma onda e a rasgar o mar com uma parede de água nas costas sinto-me ainda mais vivo e com uma dose de adrenalina brutal a percorrer-me as veias”.

Desejoso de, em colaboração com a Duckdive (escola de surf da praia do Castelo), tentar “evoluir a prática e as técnicas”, tendo em vista o desenvolvimento de “um quadro competitivo”, o atleta elenca pragmaticamente os requisitos indispensáveis para colher os encantos e caprichos das ondas. “É preciso mar, ondas (maré não demasiado grande), uma prancha que ofereça estabilidade, um fato, gostar de água e vontade de levar porrada das ondas”; e, em função da deficiência do praticante, são necessários “mais ou menos acompanhantes de modo a que a segurança não seja posta em causa”, explica.

O empenho e a dedicação ao surf, que concilia com o basquetebol em cadeira de rodas, valeram-lhe a distinção inesperada de "Surfista do Mês" de Agosto prestada pela Associação Nacional de Surfistas e a MOCHE. “Foi uma grande surpresa. A Associação Nacional de Surfistas deu-me uma breve explicação para o facto de me terem escolhido. Segundo eles, quando me viram a apanhar ondas no evento, viram a atitude de um surfista normal a apanhar ondas, apenas com a diferença de não ter pernas”, revela honrado. 

Um caso raro de pioneirismo português


Contrariando o progresso anacrónico que caracteriza o desporto adaptado nacional, o surf foge à tendência, inovando a todos os níveis. O primeiro fato especificamente idealizado para praticantes com deficiência tem o carimbo lusitano da empresa Janga Revolt, da Figueira da Foz, assim como a primeira prancha adaptada, da autoria da XCult Surfboards, que foi desenhada para Nuno Vitorino, antigo nadador paraolímpico e fundador da SURFaddict, Associação Portuguesa de Surf Adaptado, precursora na área à escala europeia.

“É uma prancha muito leve e rápida com dois apoios para nos agarrarmos na parte da frente e antiderrapante na superfície. Estas adaptações estão optimizadas para quem surfa deitado, que não é o meu caso”, esclarece Hugo Maia.

                               

Para o atleta, a dinâmica gerada em torno da modalidade prende-se, sobretudo, com o factor cultural. “Temos um país com excelentes condições para o Surf e desportos aquáticos e o sucesso e adesão do primeiro evento Surf for All 2011 acho que teve muita influência nesta evolução”. E enfatiza. “São poucos os portugueses que não gostam ou não são apaixonados pelo mar”.

E será que o basket pode tirar ilacções do trabalho de promoção do surf? O basquetebolista e surfista lembra que os alicerces deste projecto não são de agora. “O surf já tem uma máquina promocional muito grande com base em grandes marcas e atrai grandes nomes como patrocinadores”. No entanto, assume que “as entidades responsáveis pelo BCR têm que se ajustar à realidade dos dias de hoje e divulgar o mais possível”. 

sábado, 3 de novembro de 2012

Hugo Lourenço e Marco Gonçalves em acção na 1ª jornada da liga espanhola de BCR


Este sábado marca o começo do campeonato espanhol de basquetebol em cadeira de rodas. 

A equipa CP Mideba Extremadura, onde actuam os portugueses ex-APD Lisboa Hugo Lourenço e Marco Gonçalves, recebe o conjunto Lagun Aro Bilbao Bsr, que conta com Asier Garcia, poste da selecção espanhola que participou nas paraolimpíadas, e o internacional belga Peter Dries, ambos recém-chegados ao clube. 


O jogo tem início às 17h portuguesas e é transmitido online, em directo, no Canal Extremadura 

http://www.canalextremadura.es/corporacion/sala-de-prensa/notas-de-prensa/baloncesto-en-silla-de-ruedas-en-deporte-en-directo

Não percam a oportunidade de desfrutar de uma das melhores ligas de basquetebol em cadeira de rodas e acompanhar a par e passo a prestação do duo português.

Portugal é Campeão do Mundo de Futsal INAS

A selecção portuguesa de futsal para atletas com deficiência intelectual sagrou-se campeã do mundo ao bater a Hungria por 3-1, na final.

Depois de um percurso imaculado com vitórias frente à Polónia (6-3), França (8-6), Austrália (43-0), na fase de grupos, e contra o então campeão do mundo Irão por 8-5, nas meias-finais, a equipa das quinas reeditou a conquista de 2007, em Tondela, desta feita levantando o ceptro em La Roche-sur-Yon, França.

Guilherme Silva "Jorginho", Nélson Paulo "Rivaldo" e Luis Teixeira foram os marcadores de serviço no decisivo encontro.

Portugal junta assim o 2º título mundial, em 3 possíveis, ao estatuto de campeão da Europa, alcançado em 2010, na Guarda.

Fonte: ANDDI

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Gala do Desporto: ainda há desportistas de primeira e de segunda

À medida que as minhas opiniões se tornam públicas, temo que transpareça uma imagem de intransigência face aos eventos e iniciativas, (supostos) fomentadores da discussão e visibilidade do desporto para pessoas com deficiência. Não raras vezes em conversas informais confidencio a amigos, com e sem deficiência, o estorcegão que é para mim muitas das aparições mediáticas das pessoas com deficiência e o quanto as próprias se rebaixam perante a sociedade ao aceitarem um tratamento complacente, que apenas perpetua o preconceito. 

Também não raras vezes rebatem-me, relativizando a verdade dos meus argumentos, preferindo realçar as benesses (?) do estado social concedidas às pessoas com deficiência e o (tímido) progresso da mentalidade. Concordo, mas rejeito. É paradoxal acreditar que a evolução é uma meta. O desenvolvimento constante só é possível despertando a costela revolucionária que há em nós.

Por isso, hoje, quando me deparei com a notícia de que entre os nomeados para a 17ª Gala do Desporto constavam atletas e técnicos do desporto adaptado, ao invés de aplaudir – porque o merece – quem influiu nessa decisão, detive-me em 2 detalhes que resgataram a minha faceta de velho rezingão.

Acedendo ao link da votação ( http://galacdp.sapo.pt/votacao/ ), salta desde logo à vista um pormenor deplorável, na descrição de cada atleta nomeado. Na categoria de “atleta masculino”, abaixo do nome de Cristiano Ronaldo, surge a indicação da modalidade que lhe corresponde, neste caso o futebol. 

O mesmo sucede com outros 3 finalistas, mas com Lenny Cunha, saltador português medalhado nos Paraolímpicos de Londres, lê-se na informação infra tão somente “Fed.Desp.Pessoas com Deficiência”, escusando-se a entidade organizadora a referir a modalidade do atleta. Situação semelhante estende-se às categorias de “atleta feminino”, “treinador” e “jovem promessa”.

Portanto, a Confederação do Desporto de Portugal sugere, presumivelmente de forma involuntária, que o desporto adaptado é uma massa amorfa, um nicho diletante, onde nem Lenny Cunha, um vulto do atletismo nacional com 135 medalhas internacionais aos 29 anos, é digno de ser plenamente conhecido pelo público português, que precisa de boa informação desportiva como de pão para a boca.

Os critérios de votação assentam num sentido de justiça no mínimo duvidoso. O parecer do público, através da votação online, tem um peso de 60 % nos resultados finais, cabendo aos espectadores da Gala do Desporto, no Casino Estoril, dia 15 de Novembro, a restante %. 

Ora, é difícil conceber um cenário igualitário entre os finalistas atendendo à discrepância berrante de popularidade e conhecimento de Lenny Cunha face a Cristiano Ronaldo e respectivas modalidades. E quem diz Lenny Cunha, diz o canoísta português Fernando Pimenta, medalha de prata nos Jogos Olímpicos, ou, na categoria de "jovem promessa" o nadador Emanuel Gonçalves, da área da deficiência motora, em relação à saltadora Patrícia Mamona. Dispensam-se exemplos, contudo deixo-vos este dado comparativo do domínio tragicómico entre CR7 e Lenny Cunha:


Com um regulamento tão grotesco, e o fosso entre sociedade civil e desporto adaptado ampliado, restam aos atletas nomeados os votos misericordiosos – prescindíveis -; de amigos e escassos seguidores/entusiastas. Pormaiores.

Desporto adaptado nos nomeados para a 17ª Gala do Desporto


Fonte: ANDDI
Até dia 15 de Novembro é possível eleger os desportistas que mais se notabilizaram na passada época. O desporto adaptado está presente em todas as categorias, sendo de destacar a nomeação de Lenine Cunha, medalha de bronze no salto em comprimentos nos Jogos Paraolímpicos, para “Atleta Masculino do Ano”.

Os vencedores vão ser conhecidos na 17ª Gala do Desporto, no dia 15 de Novembro, no Casino Estoril.

A votação do público pode ser feita neste link http://galacdp.sapo.pt/votacao/ e terá um peso de 60% na distinção, enquanto os restantes 40% estão na mão dos que marcarão  presença no Estoril.

Eis os nomeados:


Atleta feminino

Inês Fernandes – atletismo - deficiência intelectual
Jéssica Augusto - Atletismo
Luciana Diniz - Hipismo
Telma Monteiro - Judo
Teresa Portela - Canoagem

Atleta masculino

Cristiano Ronaldo - futebol
Fernando Pimenta - canoagem
Lenine Cunha – atletismo – deficiência intelectual
Marcos Freitas – ténis de mesa
Rui Costa – ciclismo

Jovem promessa

Diogo Lopes – canoagem
Emanuel Gonçalves – natação – deficiência motora
Miguel Oliveira - motociclismo
Patrícia Mamona – atletismo
Rui Silva – andebol

Treinador

António Jourdan – triatlo
Luís Marta – boccia
Markus Joanes Emke – Remo
Paulo Bento – futebol
Ryszard Hoppe – canoagem

Equipa

Double Scull Ligeiro – remo
K2 1000 m – canoagem
Pares BC3 – boccia – paralisia cerebral
Selecção Nacional A – futebol
Selecção Nacional Seniores Masculinos – Ténis de Mesa